Ran Sharing

O status do Ran Sharing da rede 2G entre Vivo e Tim


Introdução

O RAN Sharing é uma técnica utilizada por operadoras de telecomunicações para compartilhar infraestrutura de rede, como antenas e torres, com o objetivo de otimizar custos e melhorar a cobertura de serviços. A ideia é que uma das operadoras possa desligar a sua rede em regiões com sobreposição de cobertura, ou seja, onde ambas operadoras possuam infraestrutura de rede. Desta forma, elas conseguem otimizar suas redes e investir em regiões descobertas ou redes mais modernas como o 4G e 5G.

No Brasil, Vivo e Tim firmaram o acordo de compartilhamento da rede 2G em 2019, mas foi em 2022 que o plano saiu do papel e as redes começaram a ser compartilhadas e desligadas por uma delas.

A Links Field teve acesso a última atualização do plano de compartilhamento da Vivo neste mês de janeiro, e compilamos os dados com o status do Ran Sharing com a Tim.

Perceba nas tabelas abaixo, que entre 2022 e 2024 o plano era que o Ran Sharing fosse feito em 10.830 antenas pertencentes a 2.243 cidades do Brasil. Podemos ver que a execução do plano se intensificou em 2023 entre as operadoras, com mais de 50% das cidades realizadas. Atualmente, ainda faltam 11% das antenas e 18% das cidades que devem ser realizadas em 2025, mas ainda sem definição de data.

Lista de cidades a serem realizadas em 2025

Abaixo, relacionamos as cidades onde o Ran Sharing ainda não foi feito, e provavelmente deverão ser realizadas em 2025.

Como nesse processo clientes da Vivo podem passar a serem atendidos pela rede da Tim, e vice-versa, a cobertura pode sofrer alteração em função do posicionamento de suas antenas, o que pode trazer uma percepção me piora ou melhora na qualidade dos serviços e intensidade do sinal.

Veja abaixo as listas de cidades separadas por cedente (quem fica com a rede atendendo também os clientes da outra operadora).

Cidades que serão atendidas apenas pela rede da Tim:

Cidades que serão atendidas apenas pela rede da Vivo:

O Ran Sharing e a Transição de Tecnologia 2G/4G

Manter a rede 2G, além de ocupar frequências valiosas que poderiam ser utilizadas para redes mais modernas e a prova de futuro como o 4G e 5G, também é onerosa para as operadoras, pois o custo de manutenção é alto e a falta de componentes é cada vez maior, já que em países como a China a transição de tecnologia 2G/4G já foi concluída.

Com o avanço do acordo de compartilhamento, as operadoras passam a intensificar seus investimentos na ampliação da rede 4G que será a base para o desenvolvimento do mercado de M2M/IoT nos próximos anos.

Desta forma, o Ran Sharing não é apenas uma forma de reduzir custos e otimizar redes, mas também um meio de iniciar o desligamento da rede 2G de forma gradativa e sem grandes impactos na qualidade dos serviços prestados, mantendo a cobertura nas cidades que fazem parte do acordo.

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